Bom, esta é a primeira das muitas postagens com este tema que espero compartilhar por aqui!
Tenho refletido muito e já faz um bom tempo sobre MINHAS escolhas, sobre o que tem influenciado as MINHAS escolhas e percebi que na maioria das vezes ao contrario do que sempre fiz, tenho considerado mais as opiniões dos outros do que minha própria vontade! Como bem sabem sempre sonhei em ser mãe, sempre quis muito um bebê, mas meu amado maridinho lindo nunca achava que era a hora, e tenho que admitir, hoje vejo que realmente não era. O primeiro contato que tive com o universo da maternidade foi através de uma comunidade do orkut chamada "Quero engravidar em 2010" (2010??? aff!!!) pois é, 2010. Conheci várias meninas super legais, acompanhei a luta de muitas delas, afinal vida de tentante não deve ser muito fácil, fiquei feliz com cada positivo, e também fiquei triste com os negativos, fiz várias amizades virtuais, acompanhei os bebês lindos nascendo e minha vez de passar por tudo isso nunca chegava, afinal não rola tentar sozinha né?
Neste meio tempo conheci a lista "parto nosso" indicação da minha amiga querida Arlene, conheci também a roda bebedubem e vi que existem outras formas de trazer um bebê ao mundo. Vi que não é só o enxoval e o quartinho a única preocupação de uma futura mamãe, aprendi a analisar com criticidade o que antes eram "verdades absolutas", mergulhei num mundo pouco conhecido, pouco divulgado e ouso dizer até mesmo pouco explorado. Conheci as "doidas" que recusam anestesia...rs... que querem parir em suas casas, que são chamadas de loucas por lutarem por um parto digno e respeitoso seja no hospital ou em qualquer lugar que a mulher se sinta segura. Agora sim, senti que estava preparada, que finalmente minha vez tinha chegado, mas... faltava alguma coisa, a vontade do futuro papai. Como a vida é cheia de surpresas, eis que de repente o dono moço do dia pra noite resolveu que precisava ser pai, que tinha que ter um filho e embarcou comigo nesta louca aventura de desbravar o mundo da humanização do nascimento. Até então era totalmente fora de cogitação o bonito assistir o parto mas depois quem diria, é quase um garoto propaganda da Roda, vive dando conselhos para os futuros papais e mamães também sobre tudo aquilo que fica velado, escondido, guardado, tudo aquilo que os médicos insistem em não revelar, virou um ativista da humanização e a ansiedade que sempre foi toda minha, foi transferida pra ele. E quando parecia tudo resolvido, só faltando tentar o bebê, a minha vontade passou. (Como assim? também me fiz esta pergunta por diversas vezes) Sou um pouco teimosa e meio birrenta. Por diversas vezes achei que inconscientemente eu estava fazendo pura pirraça... mas depois de muito pensar percebi que o que me impedia era a opinião dos outros... isso mesmo... uns diziam que era muito cedo, outros que eu estava gorda, outros falavam que eu não tinha terminado a faculdade, outros ainda que eu não tinha minha casa... mas e eu? o que eu sentia?? o que eu pensava? tinha vergonha de fazer a escolha errada! mas e daí? quem vai arcar com as consequências das minhas escolhas sou eu e o Anderson no máximo... e nós? o que nós pensamos? o que nós decidimos? precisou uma exortadinha básica do meu compadre Eder e da minha comadre Aline, precisou uma conversa franca com minha outra amiga Aline (jantei com ela semana passada) para me fazer pensar no que realmente eu queria, no que realmente importava pra mim... e a conclusão é a seguinte:
Estou acima do peso sim, mas vou me cuidar antes, durante e depois da gestação! Muito cedo? Quem sabe a hora certa por favor me diga o número da mega sena! Não tenho casa? Já ouviram falar em influência positiva? Querem estímulo maior para apressar as obras do que terminar a casa pro seu bebê nascer! Não terminei a faculdade? Vou amar ver meu bebê com o papai assistindo minha apresentação do TCC... no mais, Deus sabe todas as coisas e só vai mandar meu bebezinho quando for a hora certa então o mínimo que podemos fazer é a nossa parte... namorar muitoooooooo que ruim não?
